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domingo, 2 de outubro de 2011

Pra Ela ♫

Se um dia
Alguém te deixou
Com o coração ferido,
Secando ao sol,
Talvez não tenha entendido,
Não deu o valor.
Mas eu sei
Que o mundo gira,
Que as coisas vêm
E também podem voltar,
Que o fogo esquenta
Mas também pode queimar.

Mas está de volta
Pra ela
De volta
Com ela.
Está de volta
Pra ela
Pra ela
Pra ela

Quando olhou
Conseguiu enxergar,
Que sair por sair,
Falar por falar,
Já não faz sentido
Pode acabar.
Mas o tempo faz
A verdade aparecer
E a cada dia voa
Fica fácil de se ver,
Que você não sabia,
Não sabia
Que você não entendia.
Não entendia.



Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo adolescente, e a pele
translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura
agrandada pelos anos e o peso dos fardos
bons ou ruins.
(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)

O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
busca te agradar
quando antigamente quereria
apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
e não menos ardor, a entender-te
se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo força — que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés — mesmo se fogem — retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias.

domingo, 31 de julho de 2011

"...que mundo é esse que ninguém sabe mais amar..."

Longe de você eu enlouqueço muito mais
Eu vivo na espera de poder viver a vida com você
Vejo pessoas sem saberem pra onde o mundo vai
Eu conto as horas para estar com você

Longe de você eu preciso de algo mais
Eu vivo na espera de poder viver a vida com você
Vejo pessoas sem saberem pra onde o mundo vai
Eu conto as horas para estar com você

Que mundo é esse que ninguém entende um sonho?
Que mundo é esse que ninguém sabe mais amar?
Pra tanta coisa que faz mal eu me disponho
Quando eu te vejo eu começo a sorrir
Eu começo a sorrir

Não quero desperdiçar a chance de ter encontrado você
Hoje o que eu mais quero é fazer você feliz
Vejo as pessoas e sei que juntos nós podemos muito mais
Eu vivo na espera de poder viver a vida com você

Que mundo é esse que ninguém entende um sonho?
Que mundo é esse que ninguém sabe mais amar?
Pra tanta coisa que faz mal eu me disponho
Quando eu te vejo eu começo a sorrir
Eu começo a sorrir

Molduras boas não salvam quadros ruins
Eu procurei a vida inteira sem saber bem pelo que
Mas se pelo menos você estivesse aqui
Eu conto as horas pra estar com você
Eu estive lá na sua presença
Só pra saber o que você diria sobre nós
O que te diz mais?
O que te diz mais?

segunda-feira, 23 de maio de 2011


Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.

O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.

E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.

Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Não tenho medo do escuro mas deixe as luzes acesas agora, o que foi escondido é o que se escondeu e o que foi prometido, ninguém prometeu, nem foi tempo perdido, Somos tão jovens...
Tão Jovens! Tão Jovens!...

A vida me mostrou que é pouco o que eu sei, eu abro a porta pro que eu não perguntei e assim eu vou procurando nos meus sonhos descobrindo quem realmente eu sou, inventando um caminho libertando quem realmente eu sou, a vida é assim não vem com manual e só perde quem não corre atrás, quem não joga o jogo por ter medo de errar, mas quem se sente pronto pra viver. d
Deixo o sol guiar o meu olhar e assim eu vou e o meu caminho vai sem medo de chegar só vou olhar pra trás pra ver o sol se pôr.



Sandy.
Pensava em ser imbatível
Mas nas entranhas do meu ser,
Meu heroísmo desabou,
Minha segurança se esfacelou,
E agora que me descobri,
Não vou me desesperar.
Enquanto a morte eu não vir,
Como um pássaro quero extrair
De cada dia a melhor melodia.
Augusto Cury